Boi gordo: arroba se mantém estável há mais de 20 dias nas praças de São Paulo

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

O macho terminado sai a R$ 337/@ em SP, enquanto a vaca e a novilha seguem valendo, respectivamente, R$ 303/@ e R$ 325/@, informa a Scot Consultoria

Mais um dia de morosidade nos balcões de negócios envolvendo o mercado pecuário brasileiro.

Nas praças do interior de São Paulo, segundo dados apurados pela Scot Consultoria, os preços da arroba do boi gordo ficaram estáveis nesta quinta-feira (3/2), refletindo o alongamento das escalas de abate dos frigoríficos locais e o ritmo acelerado das exportações da carne bovina, além da oferta restrita de animais terminados (o que dificulta as negociações entre as indústrias e os pecuaristas).

Com isso, o macho pronto para abater é negociado a R$ 337/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha seguem valendo, respectivamente, R$ 303/@ e R$ 325/@ (preços brutos e a prazo), de acordo com dados da Scot.

Segundo apurou a zootecnista Thayná Drugowick, o período de estabilidade nas cotações do boi gordo nas praças de São Paulo já dura 23 dias corridos.

De acordo com levantamento feito pela IHS Markit, as regiões Sudeste e Sul do País, bem como algumas partes dos Estados do Centro-Oeste (MT, MS e GO), seguem com limitações severas na oferta de animais terminados.

“Há indícios que essa escassez comece a afetar a dinâmica da cadeia produtiva para exportação”, afirma os analistas da IHS.

Para garantir margens mais remuneradoras, os frigoríficos dessas regiões direcionam o foco para o mercado externo, já que o escoamento da carne bovina no mercado doméstico segue patinando.

Nas operações envolvendo o mercado interno, muitas indústrias seguem atentas às ofertas de fêmeas gordas, mais baratas que os machos.

Na praça de Dourados-MS, a arroba da vaca recuou de R$ 300 para R$ 290 nesta quinta-feira, informa a IHS. Em Campo Grande-MS, o preço da fêmea terminada também caiu, de R$ 300/@ para R$ 295/@.

Por sua vez, há relatos de que indústrias já chegam a oferecer pela compra de lotes de novilha padrão-exportação preços similares aos do boi gordo, ultrapassando em certos pontos o teto virtual de R$ 315/@, relata a consultoria.

Na região Norte do País, a oferta de animais para abate é um pouco melhor, observam os analistas da IHS.

Com isso, em algumas praças, os preços do boi gordo recuaram nesta quinta-feira.

Na região de Tocantins, na praça de Araguaína, os preços da arroba tiveram queda de R$ 3/@ no dia de hoje, para R$ 290, segundo a IHS.

Em Gurupi, o recuo do animal terminado foi de R$ 2/@, ficando em R$ 289/@.

“Essas oscilações não refletem necessariamente pressão baixista significativa, mas alguns ajustes pontuais”, pondera a IHS.

Exportações – Outro fator que deve interferir na dinâmica do mercado do boi gordo é a possibilidade de um avanço mais forte das importações de carne bovina brasileira por parte da China.

A IHS Markit relembra que o país asiático sediará a Olimpíada de Inverno, com abertura marcada para amanhã (sexta-feira), em Pequim.

“O evento, que receberá milhões de turistas, deve pressionar os estoques nacionais e elevar as compras de carne bovina nas próximas semanas”, acreditam os analistas da IHS.

Em janeiro último, os embarques brasileiros de carne bovina in natura totalizaram 140,54 mil toneladas, o que significou um patamar histórico para o mês.

Esse volume foi 30,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado e 20,1% maior que o recorde histórico alcançado em janeiro de 2020.

No mercado atacadista, os preços dos cortes de carne bovina também seguem estáveis, e a demanda interna continua desaquecida.

No entanto, com a entrada dos salários nas contas dos trabalhadores, as indústrias apostam em reação do consumo de carne vermelha, o que pode impactar os preços do atacado no curto prazo.

Cotações máximas desta quinta-feira, 3 de fevereiro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 340/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 318/@ (à vista)
vaca a R$ 305/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca R$ 307/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 330/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 315/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 315/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 284/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 279/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 292/@ (à vista)
vaca a R$ 278/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista

Fonte: Portal DBO

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