Seca no Sul reduziu as chances de alta produtividade e recorde nas safras de soja e milho
As safras recordes de soja e milho que se desenhavam para o verão de 2021/22 eram a chance de um alívio aos custos da indústria de carnes do Brasil, mas a seca na região Sul frustrou as perspectivas de colheita e deve prolongar os repasses dos preços mais altos ao consumidor.
O salto de mais de 10% neste início de ano na cotação do milho, principal matéria-prima da ração, afastou do mercado aqueles compradores que tinham estoques, como é o caso da Aurora Coop, terceira maior produtora de aves e suínos no Brasil, onde as compras de milho estão temporariamente paralisadas.
Mas, pelo menos neste início do ano e até a entrada da segunda safra, não se espera alívio nos custos, que vêm elevados desde a temporada passada após perdas na produção por seca e geadas, e com impacto importante nos índices inflacionários.
“O milho vai continuar caro, mas não comporta mais processos especulativos por acharem que vai faltar ou não”, disse o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.
Fonte: Reuters