Arroba sobe R$ 16 na 1ª semana do mês em SP, mas lentidão no consumo interno preocupa indústria da carne

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Frigoríficos recuperam escalas de abate ao oferecer valores mais altos pelo animal terminado; boiada com “padrão-China” é negociada por até R$ 350/@, segundo a Scot Consultoria

O início de janeiro tem sido marcado por uma forte demanda de carne bovina para exportação, o que tem feito o mercado do boi gordo ir em direção a um novo patamar de preços, informa nesta quinta-feira (6/1) a Scot Consultoria.

“O consumo lento do mercado doméstico nitidamente não tem sido o fator balizador”, ressalta Amanda Skokoff, analista de mercado da Scot, em boletim semanal.

Segundo ela, com a oferta limitada de boiadas, típica do início de janeiro, e as exportações em bom ritmo, os frigoríficos compradores estão tendo que pagar mais pela arroba do animal terminado.

Os quatro dias úteis de janeiro foram marcados por uma alta de 5% (ou de R$ 16/@) para o boi gordo na praça paulista, atualmente cotado em R$ 338/@ (preço bruto e a prazo), de acordo com a Scot.

Para o “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade), as ofertas tiveram incremento de R$ 20/@ na primeira semana de janeiro, em São Paulo, resultando em negócios por até R$ 350/@.

De acordo com a Scot, como as ofertas melhoraram, as escalas de abate dos frigoríficos avançaram nas praças paulistas, atendendo em média, oito dias.

Os valores da arroba da vaca e da novilha prontas para abater também seguem em alta no mercado paulista. As duas categorias são negociadas por R$ 310 e R$ 327, respectivamente (preços brutos e a prazo), informa a Scot.

Segundo apurou a IHS Markit, em algumas regiões, há relatos de indústrias com dificuldade em escoar os seus estoques de carne bovina, o que já resulta em sobras de mercadorias e devoluções parciais.

“Com as vendas no varejo enfraquecidas, o repasse de custos dos frigoríficos é neutralizado, o que resulta em margens operacionais apertadas e até negativas em alguns casos”, observa a IHS.

Tal fato, continua a consultoria, começa a retirar muitas unidades de abate das compras de gado, restando apenas aquelas mais focadas no mercado externo.

Neste contexto, considerando todas as principais praças pecuárias do País, a liquidez no mercado do boi gordo começa a perder força novamente.

“Com isso, a disparidade entre os preços de compra e de venda cresceu, o que contribui para que o volume de negócios aconteça em níveis inferiores aos registrados nos dias anteriores”, relata a IHS Markit.

No quadro geral, as altas da arroba acumuladas até aqui fizeram com que as escalas de abate avançassem para pouco mais de 5 dias úteis, de acordo com a IHS.

Segundo apurou a IHS, no interior paulista, a máxima desta quinta-feira ficou em R$ 350/@ (no prazo) para o boi padrão-China. “Frigoríficos paulistas complementam as suas escalas de abate com lotes oriundos do MS, MG, MT e GO”, observa a IHS.

Na região Norte, há indústrias que conseguiram preencher as suas escalas de abate até o dia 17 de janeiro, como é o caso das regiões do Pará e Tocantins.

Em relação aos preços dos contratos futuros do boi gordo negociados na B3, os movimentos já estão na contramão do mercado físico. Houve recuos nos preços futuros delineados por ajustes de carteiras e realização de lucro depois das sucessivas altas acumuladas, informa a IHS.

Apesar das vendas externas iniciarem o ano agitadas, o consumo interno inconsistente e as quedas nos preços das proteínas concorrentes (frango e suínos) acenderam a luz vermelha no mercado futuro, acrescenta a consultoria.

No atacado, mais um dia de estabilidade nos preços dos principais cortes bovinos, apesar de persistir o lento ritmo das vendas.

“Há alguma tentativa de especulação baixista por parte dos distribuidores e varejistas, mas a oferta de mercadoria não mostra volumes tão expressivos devido ao ritmo irregular dos abates diários”, relata a IHS.

Caso o fluxo das vendas no atacado não cresça no curto prazo, existe a possibilidade de ajustes nos preços dos cortes bovinos, visando não prejudicar ainda mais o escoamento da produção.

No cenário das exportações, em dezembro foram exportadas 126,9 mil toneladas de carne bovina in natura, volume 11% menor que em dezembro/20, mas 56,3% maior na comparação com novembro/21, informa a Scot Consultoria, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior.

No acumulado do ano, o país exportou volume 9,5% menor na comparação com 2020.

Cotações máximas desta quinta-feira, 6 de janeiro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 345/@ (prazo)
vaca a R$ 317/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 320/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 308/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 310/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 320/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca R$ 310/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 315/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 337/@ (prazo)
vaca a R$ 315/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 330/@ (prazo)
vaca a R$ 315/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 333/@ (à vista)
vaca a R$ 315/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 333/@ (à vista)
vaca a R$ 315/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 292/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 293/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

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