Indústria não prevês expansão de capacidade produtiva
“No ano de 2021, fornecedores, compradores e produtores em todo o mundo estão enlouquecendo com o glifosato. Com o preço disparado, o problema de escassez de oferta tornou-se mais sério e deve continuar até 2022”. A projeção é do portal especializado AgroPages, em artigo publicado nesta semana analisando como foi o desempenho nesse ano e prevendo os próximos movimentos do agroquímico mais usado no mundo.
De acordo com os especialistas, o glifosato ocupou a maior parte do orçamento destinado a insumos agrícolas e espremeu a margem de outras categorias e produtos de defensivos agrícolas. Por outro lado, destacam, alguns herbicidas considerados como “alternativas” tiveram suas vendas aumentadas devido à escassez de glifosato.
“O preço do glifosato deve permanecer em alto nível, sem expansão de capacidade produtiva entre os fabricantes chineses, e deve aumentar em relação ao ano anterior, enquanto é prevista uma lucratividade além da expectativa. No entanto, considerando as estatísticas atuais de negócios, todas as empresas parecem cautelosas, afirmando que não há expansão de capacidade planejada”, aponta o AgroPages.
Entrevistando fornecedores e compradores globais do glifosato, o portal chinês verificou que o preço do herbicido atingiu “novo recorde de 10 anos, com expectativa de continuidade no curto prazo”. No Brasil os preços ao consumidor “aumentaram quase 300%, enquanto o mercado na América do Sul segue muito apertado, com estoques insuficientes mesmo com o preço disparado”. Os preços do glifosato e do glufosinato continuam altos, o L-glufosinato atende a nova oportunidade de mercado na China
“Devido ao aumento dos preços do glifosato e do glufosinato, o L-glufosinato, lançado há apenas um ano, rapidamente se apoderou de parte do mercado de glifosato e glufosinato, atraindo grande atenção do setor. Mesmo com o preço do fósforo amarelo (matéria-prima essencial) caindo, o preço do glifosato ainda está em alta. Hoje, com seu preço acessível, o paraquat está se tornando popular novamente”, constata o AgroPages. Porém, como esse herbicida está proibido no Brasil, os agricultores daqui vão continuar sofrendo à medida que “os preços do glifosato e do glufosinato aumentaram e provavelmente continuarão subindo”, com conclui o AgroPages.
Fonte: Agrolink