Boi gordo: mercado segue comprador, embalado pela retomada das exportações à China

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FICHA DE CONSUMO DE SUPLEMENTO MINERAL GRÁTIS

Nas praças do interior de SP, a referência para o macho terminado foi para R$ 315/@, mas há negócios girando em torno de R$ 320/@, informam consultorias

Três dias após a liberação total dos embarques de carne bovina à China, os preços do boi gordo continuam subindo nas principais regiões pecuárias brasileiras.

Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, os frigoríficos de São Paulo estiveram ativos nesta sexta-feira e abriram as compras ofertando R$ 3/@ a mais para o boi gordo na comparação com o dia anterior.

Por sua vez, a procura por fêmeas é mais compassada, mas os compradores ofertam R$ 2/@ a mais para a vaca.

“O mercado está comprador e negócios acima da referência são especulados”, afirmam os analistas da Scot.

De maneira geral, no interior paulista, a referência para o boi e vaca gordos subiram para R$ 315/@ e R$ 295/@, respectivamente, enquanto os preços da novilha ficaram estáveis, a R$ 305/@ (preços brutos e a prazo), de acordo com a Scot Consultoria.

Na avaliação dos analistas da IHS Markit, a reabertura das vendas de carne bovina brasileira ao mercado chinês traz ânimo ao setor pecuário, mas com alguns alertas.

Nesta semana, o governo chinês disse que vai elevar a tarifa de importação de carne suína (de 8% para 12%), embalado pela recuperação na produção doméstica.

“Para carne bovina ainda há alguns trâmites (nós logísticos e certificações para despachos de cargas) que devem retardar a pujança das compras chinesas no Brasil”, observa a IHS.

Segundo a consultoria, há muita carga da proteína brasileira para desembaraçar nos portos chineses e a escassez de contêineres no cenário mundial sugere que tal o processo será lento.

“Além disso, o mês de dezembro e a primeira quinzena de janeiro antecedem as comemorações do Ano Novo Lunar na China, que marca um longo período de recesso no país asiático, o que pode prejudicar as operações de embarques”, acrescenta a IHS.

Na opinião dos analistas da consultoria, o fluxo dos embarques à China só deve ganhar maior tração em meados do primeiro trimestre de 2022, com o término do Ano Novo Lunar no país oriental.

“Grande parte dos compradores de gado estão cadenciando as aquisições, pois alegam que as plantas frigoríficas estão com os estoques elevados e dispõem de escalas de abate adequadas o suficiente para atender à demanda vigente”.

De certa forma, continua a IHS, os frigoríficos afirmam não contar com um repique de demanda pela carne bovina nesta etapa final de 2021.

“Os fracos preços das carnes concorrentes e o menor fluxo das vendas externas limitam a procura por boiada gorda”, ressalta a IHS.

Porém, a oferta restrita de animais terminados e o retorno da China anulou de vez a pressão de baixa na arroba, revertendo para uma tendência altista nos preços da boiada gorda, acrescentam os analistas.

Do lado de dentro das porteiras, parte dos pecuaristas já se afastou das vendas neste ano, relatando que deve voltar a negociar apenas no início de 2022.

Segundo a IHS, a disparidade entre os preços de compra e venda cresceu forte em função da “queda de braços” que se instaurou no mercado pecuário, entre pecuaristas e os frigoríficos.

Os poucos negócios reportados nesta sexta-feira, diz a IHS, tiveram como objetivo fechar lacunas nas escalas de abate das indústrias.

“Porém, já há relatos de que houve aquisições visando a produção de novos lotes à China”, informa a IHS.

No interior paulista, uma unidade de abate fez a compra de carregamentos de animais para atender o mercado chinês e efetivou negócio a R$ 320/@ (valor bruto e pagamento à vista).

Em Nova Andradina, no MS, também foram registrados vendas a R$ 320/@ para machos terminados e a R$ 310@/@ para novilhas, ambos valores bruto e pagamento no prazo de 30 dias, para abates dias 27 e 29 de dezembro.

Em outras praças, as altas nos preços visaram estimular o surgimento de oferta de animais para concluir abates, relata a IHS.

Cotações máximas desta sexta-feira, 17 de dezembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 313/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 281/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca R$ 291/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 281/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 327/@ (à vista)
vaca a R$ 309/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 327/@ (à vista)
vaca a R$ 309/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 274/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 282/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 284/@ (à vista)
vaca a R$ 274/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO

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