Brasil e China buscam “sincronia” em biotecnologia

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Países podem criar “plataformas conjuntas de inovação biotecnológica”

As maiores autoridades do Brasil e da China em biotecnologia concordam que os países precisam “sincornizar” seus processos de avaliação e liberação de eventos transgênicos. Essa posição ficou claramente estabelecida esta semana durante o 1º Fórum Brasil-China de Biotecnologia, Agricultura e Sustentabilidade”, organizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e patrocinado pela Bayer.

O presidente da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas e do Comitê Nacional de Biossegurança da China, Wu Kongming, disse que a biotecnologia está gerando uma “revolução” na agricultura chinesa, com aplicação nas culturas de algodão, milho, soja e canola. “A biotecnologia é um instrumento importante para o desenvolvimento sustentável”, afirmou ele.

Wu defendeu a criação de “plataformas conjuntas de inovação biotecnológica” entre Brasil e China, que conectem cientistas e pesquisadores dos dois países. Esses espaços serviriam para troca de informações, desenvolvimento de produtos e discussões sobre transferência de tecnologia.

Ele sugeriu a criação de laboratório conjuntos, com intercâmbio de pesquisadores e conversas periódicas bilaterais: “Estamos de braços abertos para receber cientistas brasileiros e desenvolver a pesquisa acadêmica. A China tem uma estrutura parecida à brasileira na avaliação de biotecnologia, formada por 74 especialistas que avaliam a parte científica”. 

“Também temos um conselho interministerial que determina as políticas públicas sobre o tema, e estamos aperfeiçoando o processo de concessão de liberações de tecnologias. A sincronização das aprovações será obtida com o intercâmbio entre autoridades e especialistas dos dois países, unificando os requisitos e encurtando o prazo de tramitação”, apontou Wu Kongming.

O presidente do Comitê Nacional de Biossegurança da China também se mostrou aberto a acelerar a liberação de produtos adotados no Brasil. A falta de sincronia entre os dois países nessa tramitação muitas vezes atrasa a adoção de inovações no Brasil, que tem na China o seu maior mercado para exportação de produtos agrícolas.

Fonte: Agrolink

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