O estresse do transporte é um fator inevitável para qualquer operação de carne bovina. Tratar o estresse do transporte em bovinos é um desafio, No entanto, os efeitos negativos à saúde causados pelo transporte de animais podem ser limitados pela implementação de uma série de boas práticas de manejo. Esses passos principais são simples e podem ser facilmente adotados por sua operação hoje.
Passo 1: Identifique seus fatores de risco específicos
Alguns fatores comuns que aumentam os efeitos do estresse de transporte em bovinos incluem abarrotamento de animais, movimento excessivo da carreta, estresse por calor, desidratação, introdução de novos patógenos e protocolos de recebimento inadequados. Mesmo que esta lista possa parecer longa e ampla em foco, existem passos simples que você pode seguir para diminuir drasticamente cada um desses fatores de risco.
Passo 2: Incorpore certificações de garantia de qualidade da carne bovina
Uma vez que os animais são carregados em um caminhão, é fundamental que o motorista seja intencional sobre como os animais são tratados para reduzir o estresse. Garantir que o motorista tenha uma certificação para transporte de animais pode proporcionar a tranquilidade de saber que os animais serão tratados de maneira adequada. Por meio desses programas, os motoristas aprendem a evitar armadilhas comuns, como partidas/paradas/curvas rápidas, ficam cientes das preocupações com temperaturas quentes e frias e se concentram no manuseio do gado durante o carregamento e descarregamento. Evitar esses comportamentos estressantes aumenta suas chances de receber gado saudável.
Passo 3: Desenvolva um protocolo de recebimento
O risco de estresse no transporte não termina quando o animal é recebido. Embora você tenha menos controle sobre o gerenciamento do estresse durante o transporte, os riscos ainda permanecem nas mãos do pessoal do confinamento. A solução começa com a implementação de um protocolo de recebimento adequado, baseado no manejo de baixo estresse. Quanto mais calmos e quietos os funcionários, mais calmos e quietos os animais ficarão. Isso pode ser realizado evitando o uso de tiro quente, sem gritar em torno dos animais e removendo equipamentos barulhentos (por exemplo, bombas hidráulicas) da área de recebimento.
Passo 4: Preste atenção ao que você não pode ver: saúde interna
Embora você possa limitar os estressores externos, como ruídos, movimentos excessivos e experiências estressantes com os animais, um fator de risco frequentemente esquecido é a saúde interna do animal. O estresse do transporte e a introdução de um novo ambiente, novos alimentos e novos patógenos frequentemente resultam em algum nível de dificuldade digestiva. Uma diminuição no consumo de ração, conversão alimentar e ganho de peso podem ser observados, e o culpado é quase sempre devido a uma resposta imunológica no trato digestivo do animal. O sistema digestivo é muito complexo e pode ser danificado facilmente quando a saúde é negligenciada. A causa desse dano pode variar de mudanças de temperatura a novos alimentos – até mesmo a novas populações de bactérias. Muitos desses estressores são inevitáveis devido à natureza do ambiente incontrolável e, portanto, medidas preventivas devem ser tomadas.
Passo 5: Confiar em suplementos durante o período de transição
Alguns suplementos comerciais são capazes de aliviar o estresse digestivo durante a chegada de um animal recém-introduzido. O intestino tem um grande impacto no resto do animal, mas como não podemos vê-lo, muitas vezes esquecemos esse fator ao considerar o potencial de um animal. Quando um intestino fica agitado e inflamado por causa da má qualidade da alimentação, novas bactérias ou estresse, você verá que o desempenho do animal sofrerá muito. Essa diminuição no desempenho se deve ao nível de energia que o sistema imunológico necessita para combater os patógenos, curar os tecidos danificados e produzir uma resposta imunológica geral. Utilizar um suplemento para ajudar o sistema imunológico a proteger o animal e anular os efeitos dos patógenos pode ajudar a transição do animal para um confinamento de forma mais eficaz. Uma transição mais efetiva permitirá, por sua vez, que o gado consuma mais ração e ganhe mais peso sem desperdiçar energia nas funções imunológicas, aumentando sua lucratividade.
Fonte: Baseado no artigo 5 steps for preventing transportation stress in cattle, de Tyler Thomas, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.